Aproximadamente um quarto dos projetos de unidades de produção flutuantes em fase de planejamento ou licitação em todo o mundo tem como foco o offshore brasileiro, de acordo com estudo divulgado pela International Maritime Association (IMA). De um total de 215 empreendimentos identificados pela pesquisa, 51 são voltados ao país.
Desses projetos, a maior parte (25) será destinada à produção em lâminas d'água maiores que 1.500 m. Outros 21 empreendimentos preveem a produção em águas superiores a 1.000 metros e cinco unidades em águas com profundidades entre 1.000 e 1.500 metros.
De acordo com o relatório, intitulado “Floating Production Systems: Assessment of the Outlook for FPSOs, Semis, TLPs, Spars, FLNGs, FSRUs and FSOs”, o Brasil também responde pela maior parte das encomendas por unidades de produção flutuantes. Das 67 plataformas desse tipo em construção no mundo, 28 (ou 42%) estão sendo feitas no país.
O estudo revela que, atualmente, existem 257 unidades de produção flutuantes no mundo, número 30% maior que o registrado cinco anos atrás e 90% superior em relação há uma década. Entre as plataformas estão semissubmersíveis, TLPs, Spar Buoys, barcas, FLNGs e FPSOs, os quais respondem por 62% do número total. Entre estes últimos, sete estão inoperantes e disponíveis para uso, enquanto outros 100 estão em serviço.
Com a conclusão da construção das 67 novas plataformas de produção flutuantes (45 FPSOs, cinco semissubmersíveis, três TLPs, três spars, dois FLNGs e nove FSRUs), o número total de unidades do tipo será incrementado em 25%. Entre as unidades encomendadas, 36 utilizarão novos cascos, enquanto 31 serão originadas a partir da conversão de cascos de petroleiros. A maior parte dessas plataformas (37) são de propriedade de operadoras, ao passo que 30 serão afretadas.
O relatório ainda destaca que, nos próximos cinco anos, a previsão é que entre 130 e 190 unidades de produção flutuantes sejam encomendadas no mundo, sendo cerca de 75% dos pedidos referentes a FPSOs. Há também a expectativa de que entre 25 e 35 FSOs sejam encomendados. Segundo a pesquisa, aproximadamente 60% das encomendas serão baseadas em contratos de afretamento.